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29 abril 2011
Deu pra traz
Não irá recuar um milímetro
Recebemos da Assembleia Legislativa do Paraná a seguinte “Nota de Esclarecimento“
A Presidência da Assembleia Legislativa do Paraná reafirma que não irá recuar um milímetro sequer no processo de moralização e de transparência em curso na atual gestão deste Poder. A recente denúncia de irregularidades envolvendo a contratação da mãe do ex-diretor administrativo Altair Carlos Daru já está sendo investigada pela Mesa Executiva e pela Procuradoria-Geral da Casa.
Tão logo informado do caso, o presidente Valdir Rossoni determinou rigor e celeridade na apuração dos fatos, além da demissão do ex-colaborador para que não pairem quaisquer dúvidas sobre a lisura do processo investigativo.
Ao deixar claro que não se trata de um julgamento antecipado, nem reconhecimento, a princípio, de que tenha havido qualquer fraude praticada pelo diretor afastado, Rossoni pondera que a providência é necessária para a fiel apuração da verdade. Ele estranha, entretanto, a ausência de documentos oficiais que comprovem a nomeação, ainda que irregular, da sra. Hellena Luiza Valle Daru.
Há dois dias, quando informado pela Receita Federal sobre a situação, Rossoni frisa que determinou o levantamento dos registros dos atos administrativos que teriam levado à nomeação e posterior exoneração de Hellena Daru. Tudo o que consta em um Diário Oficial é a indicação de um número de protocolo. Este, porém, se refere, na verdade, à compra de uma passagem aérea.Sou mais EU, e DAÍ ?
O deputado Stephanes Junior (PMDB) perdeu as estribeirasontem na Assembleia. Inconformado porque seu chefe de gabinete foi impedido de entrar na Casa ele meteu o pé e arrebentou a cancela de entrada da ALEP. Até agora ninguém disse o motivos para barrarem o funcionário de Stephanes, mas o fato é que o moço saiu da linha. A cancela está lá, toda torta, para quem quiser ver.
O Casamento
Sob os olhares do mundo, Kate e William se casam em Londres
Imagens:-Pierre-Philippe Marcou/France Presse.
-Leon Neal/AFP
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28 abril 2011
Desencarnar
Lula, que participou no final da noite de quarta do Congresso Nacional de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) , afirmou que ainda não conseguiu "desencarnar" da Presidência da República. "Eu ainda não desencarnei totalmente do meu mandato de presidente, não é uma tarefa fácil", admitiu. Durante seus 55 minutos de discurso, o ex-presidente disse que está com "uma comichão", uma vontade forte de voltar a viajar e fazer caravanas pelo país. "Eu estou com vontade de tudo, mas tenho que me controlar. Só com autocontrole vou conseguir desencarnar", brincou.
Ao descrever seu governo como o que "mais" interagiu com os movimentos sociais, Lula disse que em nenhum outro país um presidente esteve tão disponível para ouvir a sociedade. "Duvido que na história da humanidade - eu costuma dizer nunca antes na história do Brasil - tenha havido um governo que tenha exercitado a democracia com tanta plenitude como exercemos. Nenhum segmento da sociedade deixou de ser ouvido", gabou-se. Lula admitiu também que o termo "nunca antes" era usado para afrontar a oposição. "Era para provocá-los, para dizer que 'nunca antes' eles não fizeram nada."
Deserções
Eliano Jorge do Terra
Expostas as divisões internas dos principais partidos da oposição ao governo federal, PSDB e Democratas vêm sofrendo com deserções. O caminho deles invariavelmente é o recém fundado PSD, embora seja alinhado à gestão da presidente da República, a petista Dilma Rousseff. Como medida de fortalecimento das duas legendas desfalcadas, discute-se uma fusão.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu esta possibilidade. Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias afirmou que existem “especulações e opiniões, mas nada ainda de oficial”. E considerou mais forte essa pretensão no outro lado desta aliança:
- Obviamente há interessados e defensores da tese, como certamente há também os que não concordariam. Mas é um assunto para amadurecer. É claro que a motivação maior deve ser do DEM por motivos óbvios, já conhecidos.
Lerner condenado à prisão
Do blog Caixa Zero, do jornalista Rogerio Galindo, no site da Gazeta do Povo:
Lerner condenado à prisão por favorecer empresa de pedágio
O ex-governador Jaime Lerner foi condenado a três anos e seis meses de detenção por ter favorecido uma empresa de pedágio sem realização de licitação. A decisão é do juiz federal Nivaldo Brunoni e tem data desta terça-feira.
A pena, porém, é em regime aberto e foi trocada por multa e pena alternativa. A multa foi de R$ 50 mil. E a pena alternativa é de prestação serviços à comunidade.
O dinheiro da multa será destinado a uma instituição de caridade ainda não definida. Cabe recurso da decisão ao Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.
O motivo da pena é a falta de licitação para escolher a empresa que gerenciaria a praça de pedágio entre a Lapa e Araucária. A praça foi colocada cinco anos depois da criação do Anel de Integração, de 1997.
Lerner optou por destinar a praça à mesma empresa que trabalhava em estradas próximas, a Caminhos do Paraná, sem fazer novo processo licitatório.
O Ministério Público contestou o ato, que classificou de criminoso.
A decisão do juiz Nivaldo Brunoni é clara.
“A conclusão que se chega é que a empresa Caminhos do Paraná S/A, não obstante as contrapartidas a que se obrigou, foi manifestamente favorecida com a concessão do novo trajeto”, diz o juiz.Só Alegria
O deputado estadual Elton Welter (PT) postou, a pouco em seu twitter, que já foi convocado pelo presidente da Assembleia, Valdir Rossoni, para assumir sua vaga na Casa. Gilberto Martin (PMDB) comunicou hoje cedo que iria renunciar o mandato após a decisão do STF que afirmou que a vaga da suplência é da coligação e não do partido.
Só alegria, o deputado Welter vai finalmente poder ter o seu emprego.
É Candidato
Do Hora H News
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou quarta-feira, em Brasília, que o partido terá candidato próprio à prefeitura de Curitiba e o ex-deputado Gustavo Fruet será o candidato. A afirmação foi feita numa reunião em que um grupo de parlamentares tucanos, entre eles o senador Alvaro Dias, analisou o quadro das eleições municipais do ano que vem.
Indústria de Boatos
Rossoni reclamou da existência de uma “indústria de boatos” para tentar implicar parlamentares no caso. Até agora, porém, nenhum deputado conseguiu explicar como simples servidores comandavam um esquema de aliciamento envolvendo mais de 60 funcionários “fantasmas” e “laranjas” para receber indevidamente restituições de Imposto de Renda, sem que houvesse o aval ou a cobertura de integrantes da direção do Legislativo.
Meio Estádio
Copa
Sobre o estádio da Copa, na Gazeta do Povo online:
- A única opção é a Arena, se não for na Arena, não tem Copa. Esse negócio de Pinheirão, Couto Pereira é tudo mentira. (Mario Celso Cunha, secretário especial para a Copa 2014)
- Eu sou atleticano e estamos muito indignados com a diretoria do Atlético, parece que a Copa não é importante [para eles]. Para ter Copa precisamos de estádio. Se o Atlético está fazendo frescura, que seja no Pinheirão ou no Couto Pereira. (vereador Julião Sobota).
Cutucar com esporão
Do correspondente em Brasília:
O deputado federal Rubens Bueno (PPS) pretende cutucar com esporão um dos principais calcanhares de Aquiles do governo federal: o colapso da qualificação profissional no Brasil que ameaça serviços de segmentos como o Turismo, o Comércio e a Construção Civil. Junto com Roberto Santiago (PV-SP), eles protocolaram ontem na Comissão de Trabalho da Câmara um requerimento que instala uma audiência pública para debater o gargalo que impede o acesso de milhares de brasileiros a um emprego melhor. A situação é tão séria que no ano passado o governo aplicou apenas R$ 227,9 milhões na área de qualificação, valor quatro vezes inferior aos R$ 961,1 milhões empregados em 2001, há dez anos.
27 abril 2011
Livre
O Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, um recurso do Ministério Público contra a decisão da 10ª Vara Cível de Londrina, que absolveu o ex-prefeito Antonio Belinati em uma das ações relacionadas ao caso AMA/Comurb.
Belinati havia sido responsabilizado por transportar eleitores em comícios e eleitores de obras em 1998.
“Os desembargadores entenderam que não há elementos que comprovem a responsabilidade de Belinati na fraude”, disse o advogado do ex-prefeito, André Vianna.
A decisão será utilizada em todas as outras ações que envolvem o nome de Belinati. O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão. As informações são do Bonde.
26 abril 2011
Operação Tubarão
Do G1 Paraná
A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal iniciaram uma operação nesta terça (26) para apurar fraudes em restituições do Imposto de Renda de contribuintes “laranjas” na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Investigações da Receita apontaram para um esquema que utilizava de contribuintes supostamente “laranjas”, que desconheciam o recebimento de valores expressivos de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Essa restituição teria origem em pagamentos feitos pela Alep.
A Receita também apurou que o valor dessas restituições era incrementado com deduções que não existiam. Essas deduções, comprovadas como falsas pela Receita, diziam respeito a “Despesas com Instrução”, “Despesas com Planos de Saúde” e “Contribuições mensais a fundos de Previdência Privada”. A Receita suspeita que dois funcionários da Alep estavam envolvidos no processo de fraudes, aliados com funcionários de uma instituição financeira.
Os valores restituídos foram creditados em contas bancárias mantidas em nome desses contribuintes “laranjas”, sendo que a maioria tinha origem na mesma agência de um banco privado.Troca - Troca
Mais um integrante para o PSD de Kassab. Agora é a vez do ex-ministro da Agricultura no governo Lula, Reinhold Stephanes, trocar o PMDB pelo PSD.
É o primeiro caso de um integrante do governo do PT a se filiar ao partido de Kassab, que surgiu primeiramente como uma dissidência do oposicionista DEM, mas começa a desfalcar também a base aliada de Dilma Rousseff.
B. O. contra Requião
Por André Gonçalves, do Conexão Brasília
O repórter Victor Boyadjian registrou ontem, às 23h30, um boletim de ocorrência na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. No documento, relatou o episódio em que teve o gravador tomado pelo senador Roberto Requião (PMDB) e as ameaças que sofreu.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF, o processo segue agora para a corregedoria do órgão, que analisa a competência da investigação. Se ficar com a PF, será instaurado um inquérito em que todas as partes serão ouvidas. Ontem, a Polícia do Senado negou-se a registrar ocorrência contra Requião.
Isolar os Fundamentalistas
A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) pediu em Plenário nesta segunda-feira (25) que a proposta de alteração do Código Florestal seja votada na Câmara em maio e no Senado até julho. Gleisi disse concordar com a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, sobre a necessidade de “isolar os fundamentalistas” de ambos os lados, de modo a se chegar a um consenso em que todos saiam ganhando.
Gleisi defendeu um código “buscado no equilíbrio e na mediação”, capaz de garantir ao mesmo tempo o cuidado com o planeta e a produção de alimentos no país.
- Penso que, se tivermos condições de ter uma decisão sem perdedores ou vencedores, mas um jogo de ganha-ganha, considerando que temos um processo a ser cumprido, tenho certeza de que vai ser muito bom para o Brasil – disse.
Cartão vermelho para Juízada
O deputado estadual Fábio Camargo (PTB) acusou os juízes Marcel Rotoli de Macedo (filho do ex-presidente do TJ Celso Rotoli de Macedo), Augusto Gluszcszak Jr. e Anderson Fogaça de fazerem parte de um grupo que classificou como ”organização criminosa” que se beneficia de falências de grandes empresas. Camargo, que é filho de desembargador, afirmou, com todas as letras, no plenário da Assembleia, que estes juízes destituíam os administradores das massas falidas para nomear como síndicos integrantes da família Simão, que eram da confiança dos magistrados. Os juízes negaram as acusações. Como se sabe, Fabio Camargo estava à frente de uma CPI sobre o caso e esta foi suspensa pela Justiça a pedido da Associação dos Magistrados do Paraná. O parlamentar vai enviar o que apurou na CPI para o Conselho Nacional de Justiça, o mesmo que detectou 113 falhas graves nos procedimentos do Tribunal de Justiça do Paraná e o colocou como um dos piores do país.
Texto do blog de Zé Beto.
O Fanfarrão
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA, Folha.com
Irritado com a pergunta de um jornalista da Rádio Bandeirantes sobre sua aposentadoria, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) arrancou o gravador das mãos dele e apagou o seu conteúdo.
Durante entrevista a um grupo de repórteres no Senado nesta segunda-feira, Requião se irritou quando o jornalista o questionou se abriria mão de sua aposentadoria como ex-governador do Paraná.Requião não quis comentar o episódio, testemunhado por um grupo de repórteres, mas no microblog Twitter justificou a sua atitude.
"Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo."
Depois, em outro comentário, o senador ironiza o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).
"O repórter da Band queria saber da pensão da mãe do Beto Richa. Devia entrevistar o Beto, não a mim."
Por meio de uma secretária, Requião devolveu o gravador ao repórter, mas retirou o cartão de memória com o seu conteúdo.
O jornalista tentou registrar queixa por agressão na Polícia do Senado, mas o pedido foi recusado pelos policiais --que afirmam não poder registrar ocorrências contra parlamentares.
Como o Senado ainda não escolheu um novo corregedor (senador que investiga os demais parlamentares) desde a morte de Romeu Tuma, no ano passado, o repórter também não conseguiu encaminhar a reclamação para a Corregedoria da Casa.
Diante da negativa, o jornalista decidiu apresentar queixa formal contra o peemedebista para 1ª Delegacia de Polícia de Brasília.
O presidente do Comitê de Imprensa do Senado, Fábio Marçal, disse que vai encaminhar representação ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para reclamar do ocorrido.
"Ele vai à delegacia porque o presidente Sarney ainda não escolheu o novo corregedor. A Polícia do Senado não quis registrar queixa por se tratar de um senador", disse Marçal.
BRIGAS
Não é a primeira vez que Requião entra neste tipo de polêmica. Em setembro do ano passado, quando disputava a vaga ao Senado, ele foi agredido pelo então diretor comercial do porto de Paranaguá, João Batista Lopes dos Santos, em um restaurante.
Segundo Santos, Requião começou a ofender o então governador Orlando Pessuti (PMDB), seu antigo vice e responsável pela nomeação do diretor no porto.
Santos então devolveu as ofensas e começou a xingar o irmão de Requião, Eduardo, antigo secretário estadual dos Transportes e superintendente do porto, e em seguida deu dois tapas na cara de Requião.
Em julho de 2010, Requião também se envolveu em uma briga com o presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, no aeroporto de Campo Mourão (459 km de Curitiba).
Na ocasião, Requião, por meio de sua assessoria, disse que houve um "agarra-agarra", enquanto Bueno afirmou que deu um soco no ex-governador.
À época, no seu Twitter, Requião ironizou o episódio e criticou Bueno. "Vou passar numa farmácia para me vacinar contra raiva de gata no cio."
APOSENTADORIA
A pergunta do jornalista da Band refere-se a pensão de R$ 24 mil mensais que Requião recebeu por ser ex-governador.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Paraná revogou a decisão que garantia ao senador o recebimento da pensão.
No final de março, Beto Richa cancelou as aposentadorias de quatro ex-governadores --além de Requião, foram afetados Pessuti, Jaime Lerner e Mário Pereira.
Todos os quatro, porém, continuam recebendo o benefício porque recorreram da decisão do governo.
Ficaram mantidos os pagamentos a cinco ex-governadores e quatro viúvas que haviam obtido o benefício antes de 1988, o que inclui Arlete Richa, mãe de Beto Richa.
Em fevereiro, o governo do Paraná já havia cancelado o pagamento ao ex-governador e atual senador Alvaro Dias (PSDB), que exerceu o cargo entre 1987 e 1991.
25 abril 2011
Denuncia
Do Jornal do Estado:
Recém-nomeado pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) para comandar a Agência Curitiba de Desenvolvimento, o peemedebista Wilson Bley Lipski está diretamente implicado nas denúncias feitas pelo governo Beto Richa, de irregularidades na administração Orlando Pessuti (PMDB). Como secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e superintentende do Paranacidade na gestão anterior, Bley esteve à frente dos órgãos acusados pelo novo governo de promover repasses de recursos em período eleitoral, firmar convênios ilegais, além de infringir a lei de licitações e a Lei de Responsabilidade Fiscal. As denúncias foram encaminhadas na semana passada pelo secretário de Controle Interno do governo Richa, Mauro Munhoz, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para a apuração das responsabilidades.
As acusações fazem parte de auditoria realizada pelo novo governo nas contas da gestão peemedebista de Pessuti-Requião, que aponta um rombo de R$ 4,5 bilhões nas finanças do Estado. Nas cinco pastas com mais de duas mil páginas de documentos entregues ao MP e ao TC, a equipe de Richa aponta problemas em obras feitas pelo Paranacidade para as secretarias de Saúde, Educação e Criança e Juventude.
Segundo Munhoz, o Paranacidade – serviço social autônomo ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano – seria um dos órgãos que apresenta maior volume de evidências de utilização indevida de recursos, pelo governo anterior. Entre elas está, segundo o chefe da Casa Civil do novo governo, Durval Amaral, responsável pela elaboração e apresentação do diagnóstico na administração anterior, a contratação de obras por meio de registro de preços, o que é proibido pela lei de licitações. “Temos centros da juventude, clínicas da mulher, escolas, todas contratadas por registro de preço. Não existe essa modalidade. Não é possível se contratar obra civil por registro de preços”, disse Amaral.
Entre os contratos irregulares da Sedu há 23 escolas municipais que tiveram obras contratadas por registros de preços, ou as contratações foram feitas em período eleitoral. Algumas tiveram até aditivos contratuais autorizados antes do início das obras, o que também é ilegal.
Na próxima semana, o governo Richa pretende encaminhar uma nova etapa de documentos ao MP e ao TC relativas a problemas no Paranacidade. Segundo o governo, essa segunda etapa inclui documentos sobre obras contratadas irregularmente em período eleitoral, em 323 prefeituras, do Programa de Recuperação Asfáltica de Pavimento (Recap).
O novo governo, aliás, cancelou todos os contratos do programa, que previa investimentos R$ 70 milhões. A alegação é de que dos 320 convênios com prazos vencidos, apenas cinco foram concluídos, e os demais não poderiam receber aditivos. “Há casos de convênios assinados no dia 30 de dezembro, portanto um dia antes do vencimento”, explicou o chefe da Casa Civil, Durval Amaral.
Fruet & Guerra
O ex-deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) tem, nesta segunda-feira, uma conversa decisiva com o presidente nacional de seu par tido, Sérgio Guerra, sobre seu futuro. Os dois se encontrarão em Recife e ser virá para que Fruet tenha um termômetro sobre o apoio da direção nacional tucana à sua candidatura a prefeito de Curitiba e a possibilidade de o comando nacional influenciar a decisão local.
Um futuro para o nosso passado
Da Gazeta do Povo:
Apontado pelo senador Roberto Requião no início de abril como o pré-candidato do PMDB à prefeitura de Curitiba para a eleição de 2012, o ex-prefeito Rafael Greca afirma que a cidade perdeu a capacidade de inovação que lhe deu fama mundial e que as últimas administrações municipais serviram de trampolim político para o governador Beto Richa (PSDB). “A melhor forma de conservar Curitiba, no atual momento, é mudar o seu governo. Precisamos dar um futuro para o nosso passado”, disse.
Greca encontrou a reportagem da Gazeta do Povo em um café no centro da cidade, na área do antigo Pelourinho, revitalizada durante a sua gestão na prefeitura de Curitiba, de 1992 a 1996. Durante a hora que durou a entrevista, pelo menos dez transeuntes pararam para cumprimentá-lo, abraçá-lo e pedir emprego. O ex-prefeito (que também já foi ministro, vereador, deputado estadual e federal) demonstra desenvoltura ao andar pela cidade. Chama os floristas e motoristas de táxi da praça pelo nome e relembra sem parar as realizações de sua gestão à frente da prefeitura. Ao lado da estátua de uma mulher com uma lata d’água na cabeça, que fica atrás do Paço Municipal, na Praça Generoso Marques, Greca conta a história da inauguração:
“Esta linda mulher negra foi amante do artista Erbo Stenzel. Quando fui prefeito coloquei a estátua aqui na região do antigo pelourinho – onde os escravos eram vendidos e açoitados – para homenagear a comunidade negra da cidade. Porém os líderes negros não gostaram da imagem, que mostra a mulher sofrendo e trabalhando. Ponderei com eles: ‘Mas é a única estátua de uma pessoa negra que temos, uma obra linda’. Mesmo assim eles não se convenceram. Então, eu disse: ‘Tá bom então, esta senhora não é mais negra. Ela é russa, é uma homenagem às mulheres russas de Curitiba’”, diverte-se.
Correndo por fora em uma disputa que tem Gustavo Fruet (PSDB) e o atual prefeito Luciano Ducci (PSB) como principais figuras até o momento, Greca espera ver seu nome confirmado pela convenção do PMDB. Até lá vai precisar superar a resistência e a desconfiança de alas de seu fragmentado partido. De maneira informal, ele já está nas ruas. “Não posso repetir a prefeitura que fiz. Preciso fazer uma prefeitura muito melhor”, diz.
Depois da derrota na reeleição a deputado estadual, o senhor ainda acha que tem chances em uma campanha à prefeitura de Curitiba?
Não me venha falar que eu perdi a eleição para deputado. O Beto Richa fez 200 mil votos a menos que a Gleisi [Hoffmann, senadora pelo PT] na última eleição. No entanto, ela tinha perdido a eleição para o Richa quatro anos antes. O Lula perdeu três eleições. E o glorioso Coritiba, que estava na segunda divisão, agora está invicto. Estava tranquilo em casa e o senador Roberto Requião foi me buscar para ser o candidato do PMDB à prefeitura de Curitiba. Ser oposição é uma tarefa difícil, mas eu topei a parada e vou encarar. Passei por quase todos os cargos na administração pública, mas o que eu gostei mesmo foi de ser prefeito. O trabalho do prefeito é sagrado: cuidar do lugar onde eu nasci e serei enterrado, da terra onde dormem meus avós e meus pais. A relação do prefeito com o seu povo é democrática e direta. É a atividade mais gratificante da política. A única esfera do poder onde você vê as ideias saírem do papel e modificarem a realidade é a esfera municipal.
O senhor não acha que está sendo usado pelo senador Roberto Requião para que ele possa manter o controle sobre o partido na capital?
Não estou sendo usado. Tenho me reunido com todos os grupos do partido. Com o grupo municipal pró-senador Requião e também, na última segunda-feira, fui em uma reunião dos chamados “amigos do Pessuti”. Só tem sentido uma possível candidatura minha se for para unir o partido. Não queremos que o partido sirva a interesses alheios à história da cidade e à história do próprio partido. Éramos dois pré-candidatos quando se discutia a aliança com o Angelo Vanhoni (PT) em 2001. O Gustavo Fruet saiu do partido. Eu fiquei. Não estou exigindo nada. Estou exercendo meu direito de cidadão e de membro do diretório.
Sabe-se que muitos deputados queriam o retorno de Gustavo Fruet ao PMDB. Há uma resistência no partido à sua eventual candidatura?
Não vejo resistência real. Acredito que vamos levar este projeto adiante, se a população bancar nossa candidatura.
O que não foi o caso da última eleição do PMDB...
O reitor [Carlos Moreira, candidato a prefeito pelo partido em 2008, imposto pelo então governador Requião, e que fez apenas 20 mil votos] não conseguiu “sair” da Universidade. Ele é um excelente médico, um acadêmico. Mas ele não soube traduzir o sentimento de curitibanidade. Comigo na disputa, modestamente, isso não vai acontecer. Sei que vou enfrentar grupos poderosos, que terão em mim um opositor, como o cartel do transporte coletivo, a Consilux e outros interesses alheios à história da cidade.
Se o seu nome for confirmado pelo partido, o senhor enfrentará dois candidatos fortes: o prefeito Ducci e Gustavo Fruet.
Se a gente pensar nos outros, não sai nem de casa. Eles são outros dois, três ou dez. Os curitibanos são outros dois milhões. Quando o povo quer, ninguém segura.
Como o senhor avalia as administrações de Curitiba que o sucederam?
O Cassio [Taniguchi, prefeito de 1997 a 2004] me decepcionou muito. Pedi para o povo votar nele, mas sua gestão optou pela terceirização dos serviços e perdeu a sensibilidade social. Mas não acho que se deva fazer julgamento do passado e sim discutir o que queremos para o futuro. Precisamos dar um futuro para o nosso passado. Vejo com preocupação casos recentes de escândalo como as imagens corrompidas dos radares da Consilux. Não é bom para a cidade uma Câmara de Vereadores em que o prefeito tem unanimidade maciça. É péssimo para a cidade a perda da capacidade de inovar. E também não acho que este metrô de R$ 2,3 bilhões seja a solução. Não é um transporte metropolitano, vai apenas do Pinheirinho ao Centro – assim como a Linha Verde também não é um projeto metropolitano ainda. Uma eventual candidatura minha seria para tentar atingir as ambições da cidade e não para usar a prefeitura como trampolim político.
O senhor acha que a cidade parou?
Há uma carência de inovações. A melhor maneira de conservar a cidade é trocando o seu comando. Há pontos positivos, claro. Vejo com alegria as ruas da cidadania bem aproveitadas, o Bairro Novo se desenvolvendo. Porém, o transporte coletivo se esgotou. Precisa de readaptações e novas tecnologias. Eu tenho uma proposta para desafogar o tráfego em Curitiba e incentivar o cidadão a deixar o carro em casa.
Como é este projeto?
Não posso falar ainda para não dar ideias e munição para meus adversários. Ao tempo e hora, nós apresentamos. Envolve energia alternativa e está sendo desenvolvido pelos melhores “nerds” curitibanos (risos). Mas o tempo ainda é de ouvir a população e descobrir quais são os seus anseios.
Qual foi o melhor administrador da sua geração: Jaime Lerner ou Roberto Requião?
Cada um deu a sua contribuição. Há também o Rafael Greca de Macedo e outros. Cada um a seu tempo foi grande e foi bom. Eu espero ter sido também e que o povo reconheça isso. Eu sempre tentei exercer a minha atividade política com sensibilidade e paixão.
Em um eventual novo mandato como prefeito qual é a obra que o senhor mais quer fazer pela cidade?
Quero recuperar para os cidadãos alegrias curitibanas perdidas, como uma noite de festa na pedreira Paulo Leminski. Dizem que ela está fechada porque os moradores vizinhos reclamam do barulho. Se fosse só isso uma boa conversa resolveria. A pedreira está fechada por conta do lobby dos produtores de espetáculos que só querem fazer eventos a peso de ouro nos teatros da cidade. Outra alegria que quero recuperar é ver um pôr-do-sol de outono no belvedere do Parque Tanguá. Estes dias vi na RPC TV uma reportagem mostrando o abandono do parque. Fiquei sabendo que o rio saiu da calha no Bacacheri. Vendo todo este descuido com as coisas da cidade lembro-me de uma expressão que meu antigo secretário Hitoshi Nakamura usava: “Por isso que, então, né...“ eu quero ser candidato e enfrentar este desafio e cuidar de Curitiba do jeito que ela merece.
Bicampeão
19 abril 2011
Líder pede a ministra justificação para contratação de Nassif por R$ 660 mil, sem licitação
A secretária de Comunicação da Presidência da República, ministra Helena Chagas, terá que explicar a Câmara dos Deputados a contratação, por R$ 660 mil ao ano, do jornalista Luiz Nassif. O contrato, sem licitação, foi firmado entre o profissional e a Empresa Brasil de Comunicação. Na prática, Nassif passará a receber R$ 55 mi por mês, um salário superior ao teto do funcionalismo e da presidente da República, Dilma Rousseff.
Em requerimento de informações protocolado nesta terça-feira, o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), cobra os fundamentos da contratação com dispensa de licitação, a descrição dos serviços que serão prestados pela empresa Dinheiro Vivo (de Nassif) e a cópia do contrato firmado.Requião debocha
“Merdas são meus companheiros de governo que participam do governico de Beto, calados. No executivo e na Assembléia.”
“Ministro Paulo Bernardo mimando Betinho, com muitas promessas de recursos para o Porto, Ferrovia e outras coisinhas a mais.”
Texto do blog de Fábio Campana.
Lobista
Paulo Bernardo (Comunicações) vistou o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e elogiou o projeto do metrô inscrito no PAC das Grandes Cidades. “Acho que vai sair, o projeto está bem montado. Virei um lobista do prefeito Luciano Ducci”, disse o ministro.
Curitiba pretende R$ 2,2 bilhões para a implantação da primeira fase do metrô. São 14,2 quilômetros, 13 estações, entre a estação CIC-Sul, próximo da Ceasa, e a Rua das Flores, no centro da cidade. “É uma obra de grande impacto e estamos confiantes que o governo federal aprove os recursos necessários para sua execução”, disse Ducci.