Garoto enxaqueca do PMDB, o deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de Curitiba, Stephanes Jr. chegou a um acordo com o colega peemedebista e também pré-candidato, Rodrigo da Rocha Loures. Como ambos freqüentam a trincheira dos não-alinhados em um PMDB que aposta no fictício ex-reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Jr., eles decidiram unir forças. Nesta quarta-feira, contabilizados os votos de um e de outro, decidem quem enfrentará os brucutus do partido na convenção eleitoral do próximo domingo.
As contas de Stephanes são mais otimistas. Ele somaria dez votos a mais entre os convencionais do que Loures. A questão é que o deputado federal peemedebista é considerado mais palatável pela horda requianista. Stephanes, segundo epíteto publicável, é só o “filhote da ditadura”.
“Não consigo compor com esse grupo, prefiro votar sozinho. Eles são a truculência, a arrogância e a prepotência. Dizem que combateram a ditadura. Eles são a ditadura”.
O deputado considera, no entanto, mais fácil convencer seus eleitores (poucos, mas batutas) a votar em Loures do que fazer o caminho inverso e promover a migração dos votos do colega peemedebista para a sua candidatura. “Ele também pode conquistar os votos dos pelegos”, afirma sem temer dar nomes aos bois.
Entre os eleitores de Stephanes Jr., segundo ele próprio, há gente de peso como o casal Rafael Greca e Margarita Sansone, os deputados Mauro Moraes e Marcelo Almeida, o ex-secretário Renato Adur, a diretora do Centro de Convenções de Curitiba, Márcia Schier, e, claro, o pai e ministro Reinhold Stephanes (Agricultura).
Independente de quem será o candidato a bater chapa com o grupo de Moreira Jr. na convenção, Stephanes diz que não arreda pé de sua posição. Se Loures desistir, encara a disputa. “Eu seria um louco se pipocasse a essa altura”.
Na Assembléia, isolado da bancada peemedebista, ele reclama da condição de “engessado político” e acusa o patrulhamento ideológico. “Fui eleito pelo PMDB e sempre defendi as mesmas posições. Todos sabem como eu penso”, garante. É como se diz por aí: o choro é livre. Stephanes e Loures batem o martelo na manhã de hoje. O nome que for escolhido será jogado ao covil dos leões peemedebistas no próximo domingo. Covil dos leões. Eis uma metáfora bem apropriada.
Texto do blog de Marcus Vinícius.
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