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08 março 2010

Troco


Hoje, finalmente, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, PT, deu o troco à altura para aquelas denúncias de superfaturamento que o governador Roberto Requião espalhou contra ele, ao vivo e a cores, durante a Escola de Governo. O ministro fez o que deveria ter feito horas depois das denúncias: pediu oficialmente ao Ministério Público do Paraná para investigar o caso e promete entrar com ações na Justiça contra Requião (na pessoa física) assim que ele deixar o cargo no final do mês. Inicialmente, Paulo Bernardo tentou não dar bola, dada a freqüência com que o Governador joga…bem, joga ar no ventilador contra o desafeto da hora. Mas Requião não é de largar o osso fácil e, durante a semana, passou a insinuar, por baixo dos panos, que o ministro comprou, com dinheiro vivo, uma rádio em Laranjeiras do Sul.

E teve mais implicações: como até as avestruzes que circulam pela granja do Canguiri comentam umas com as outras, é antiga a história que o governador é chegado a gravar conversas com visitantes, importantes ou nem tanto, e espalhou-se pela praça que havia gravações das conversas sobre a construção de mais um trecho da Ferroeste, na região de Guarapuava, com um adicional de R$350 milhões que o ministro teria apresentado. E como desgraça pouca é bobagem, o saco com dinheiro vivo para a compra da tal rádio em Laranjeiras do Sul, já estava dando até entrevistas para as rádios de Curitiba.

A decisão do ministro Paulo Bernardo colocou os pingos nos is e agora se espera, não sem uma certa ansiedade, que o governador Roberto Requião apresente as provas das acusações, que ele próprio chamou de “denúncias políticas”. Se não apresentá-las vem aí mais algumas multas para serem pagas em dinheiro vivo. Tal qual ao conteúdo do saco de dinheiro que teria comprado a rádio de Laranjeiras do Sul e do montante de R$60 mil que o governador teve que pagar, por decisão da Justiça, ao ex-ministro Euclydes Scalco, há duas semanas, por calúnia e difamação.

Texto do blog de Ruth Bolognese.

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