A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada na Câmara Municipal de Curitiba para investigar irregularidades em contratos de publicidade na gestão do presidente licenciado João Cláudio Derosso (PSDB), decidiu ontem convocar a vereadora Renata Bueno (PPS) para depor acerca de declarações que ela deu à imprensa dando conta da existência da “máfia do Derosso” no legislativo.
Para a vereadora do PPS, a convocação dela é mais uma tentativa de os colegas criarem uma “cortina de fumaça” em defesa de Derosso.
“Querem desviar o foco. A CPI não está cumprindo o papel que deveria cumprir, pois ela tem mais força que o próprio Ministério Público. Por que até agora não quebrou nenhum sigilo bancário, fiscal ou telefônico?”, questiona.
Renata disse que ainda não recebeu nenhuma convocação, mas, se dispõe a prestar esclarecimentos “desde que não seja uma artimanha para blindar ainda mais Derosso”. “Vou analisar porque não participarei de um teatro, de uma palhaça”, avisou.
O vereador Pedro Paulo (PT) acha importante que a colega do PPS preste depoimento.
“Se a CPI investiga irregularidades envolvendo Derosso e ela diz que há uma ‘máfia’, queremos que ela nos dê esses elementos para que possamos aprofundar essas investigações”, defendeu o petista.
Renata Bueno confirmou ao blog que o PPS se debruçou nos últimos dias em cima de documentos e notas fiscais relativos aos contratos de publicidade da Câmara. Segundo ela, muitos vereadores receberam dinheiro durante o período investigado.
“O partido ainda está estudando esses e outros materiais. Se eu for convocada pela CPI e puder ajudar, com certeza ajudarei”, garantiu, mas reafirmou a ressalva: “Desde que não seja uma ‘cortina de fumaça’ para proteger Derosso”.
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