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18 fevereiro 2009

Prazo

O secretário de Comunicação do governo Roberto Requião e atual diretor administrativo do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Airton Pisseti, tem até sexta-feira para apresentar sua defesa no procedimento aberto pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR) para investigar o uso da máquina pública do governo do Estado na campanha política que culminou com a eleição de Fernando Lugo – candidato de Requião - como presidente do Paraguai.
A investigação teve início, em fevereiro de 2008, a partir de denúncias dos deputados e declarações do próprio ex-secretário – marqueteiro na campanha de Lugo - que viajou durante dias de semana ao país vizinho, em horário de expediente, e que usou telefones da Secretaria para ligações ao Paraguai.
A oposição garante que Pisseti utilizou o cartão corporativo do governo para pagar, ao menos, as passagens aéreas dos deslocamentos ao país vizinho.
Em maio do ano passado, a auditoria do MP esteve na Secretaria e coletou documentos. No mesmo mês, o MP pediu documentações a agências de viagem.
Em junho, a auditoria apresentou o primeiro relatório, apontando diferenças entre os dias de viagem e, consequentemente, nos valores descontados, a pedido do então Secretário, dos seus vencimentos. Na realidade, haviam sido 24 e não 17 os dias de viagens ao país vizinho, entre setembro de 2007 e janeiro de 2008. Teriam sido devolvidos R$ 6.757,67 e apurada diferença de R$ 2.782,60, relativos a outros 7 dias de viagem.
O valor das ligações telefônicas, no total de R$ 5.841,51, foi ressarcido. No entanto, a auditoria apurou diferença de R$ 203,85, cujo ressarcimento foi complementado em agosto.
No mês seguinte, Pisseti foi ouvido pessoalmente na Promotoria. Em novembro, a auditoria entregou mais um relatório, apontando diferença de R$ 1.236,84, que foi ressarcida em julho de 2008. Assim, todas as despesas teriam sido ressarcidas.
Em novembro, o deputado Marcelo Rangel (PPS) se manifestou no sentido de que o mero ressarcimento dos valores não afasta a responsabilização por improbidade administrativa. Agora, é a vez de Pisseti se manifestar.

Texto do blog Política em debate.

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