O clima ontem na Assembleia era de expectativa e muita especulação em torno da nova rodada de negociações entre Beto Richa e Alvaro Dias hoje em Brasília em busca de consenso para a escolha do candidato tucano ao governo do Estado.
Interessados na definição, já que ela terá consequências diretas no panorama de alianças também para o Legislativo, deputados chegaram a promover apostos sobre o cenário da disputa.
A maioria prevê uma eleição para o governo polarizada entre Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), com o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) correndo por fora. Alguns, porém, chegam a prever que se Alvaro for o escolhido pelos tucanos e Osmar disputar a reeleição para o Senado deixando o caminho livre para o irmão, o PT não teria outra saída que não lançar Gleisi Hoffmann para a sucessão estadual.
Aliados de Pessuti, aliás, ficaram incomodados com declarações do vice afirmando não ter qualquer intenção de deixar a disputa pelo governo, já que “não teria nada a perder”. Lembraram que Pessuti não é candidato de si mesmo, mas integra um grupo, que tem sim muito a perder caso seja obrigado a sustentar uma candidatura isolada, sem qualquer chance eleitoral.
Na realidade o PSDB não cogita nem de longe a possibilidade de não ter candidato próprio ao governo do Paraná para apoiar o senador Osmar Dias (PDT). Com base em informações dos diretórios municipais, as diversas regiões do estado estão sendo mapeadas. A ordem é trabalhar mais onde o partido já é forte e dar menos prioridade nas áreas mais fracas. Os caciques tucanos sabem que a legenda tem características urbanas, portanto, o desafio é chegar aos grotões.
Texto do blog Política em debate.
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