A Câmara de Curitiba ainda está incluída no seleto rol de Legislativos do país que não aprovaram a redução do recesso parlamentar dos atuais 90 para 55 dias. Mais um ano se foi, e os vereadores da Capital se recusam a acompanhar a medida tomada pelos deputados federais no início de 2006 e pela Assembléia Legislativa em março de 2007.
Ano a ano, a alteração, que está incluída no projeto de revisão da Lei Orgânica, vem sendo postergada.
Aliás, o texto de revisão da Lei Orgânica se arrasta pelas comissões da Casa há quase dois anos, sem jamais chegar perto do plenário. Entre outros itens importantes, a aprovação do projeto implicaria no fim da reeleição para os cargos das Mesa Diretora em uma mesma legislatura. A fórmula atual já permitiu a João Cláudio Derosso se reeleger presidente da Câmara da Capital sete vezes.
Apesar de não encontrarem tempo para votar matérias de interesse da população, os vereadores, antes mesmo do início da campanha eleitoral, em julho, aprovaram aumento salarial. Para os 38 parlamentares, o reajuste é de 29%. Dos atuais R$ 7,1 mil por mês, os 38 eleitos passarão a ganhar R$ 9,2 mil. O presidente da Câmara porém terá aumento diferenciado. De R$ 11 mil, os vencimentos de Derosso saltam para R$ 15,7 mil.
Ao aprovarem o reajuste, os vereadores acompanharam as iniciativas da Câmara Federal e Assembléia Legislativa. Legalmente, um vereador pode receber até 75% do salário de um deputado estadual.
Quer dizer, quando um benefício está em jogo, é interessante acompanhar decisões de outras Casas Legislativas.
Texto do blog da redação.
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