O deputado Tadeu Veneri (PT) segue se revelando um dos membros mais ferrenhos da oposição. Contra tudo e contra todos, o petista foi o único a votar contra a chapa – encabeçada por Nelson Justus (DEM) – reeleita em votação de cartas marcadas na sessão de ontem para comandar os rumos da Assembléia pelos próximos dois anos.
Para justificar seu posicionamento, Veneri citou o óbvio. O que todos os parlamentares sabem, mas não têm mínimo interesse em comentar. A falta de transparência da Assembléia Legislativa do Paraná.
Via de regra, o governo do Estado é acusado pelo mesmo “crime”. Porém, se comparado ao Legislativo, o Executivo é exemplo de transparência.
Ao declarar seu voto, Veneri pôs o dedo da ferida. Lembrou do que foi prometido pela atual presidência e do que não foi feito. Lembrou da falta de divulgação dos gastos da Casa na internet. Lembrou do excessivo número de funcionários e assessores, que não se sabe o salário ou a função. Lembrou dos cargos comissionados.
É por essa e por outras que boa parte dos coleguinhas de parlamento não topam com o petista.
E olhe que a “ovelha branca” da Assembléia nem falou das negociatas que permearam o processo de composição da “nova” Mesa.
Por aí passaram, entre outras coisas, o projeto de reforma tributária de Requião – aprovação garantida – e o aumento das benesses aos deputados – negado por todos – como a verba de ressarcimento.
Ao seguir em rota contrária a dos demais deputados, Veneri nada mas fez do que manifestar publicamente a cobrança dos paranaenses, que têm o direito de saber o destino dos milhões arrecadados em impostos. Os mesmos impostos que Requião vai aumentar em breve, com o aval da própria Assembléia.
Texto do blog da redação.
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