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04 março 2008

Imbatível

Para Stephanes, Richa é ‘imbatível’

KÁTIA CHAGAS

Enquanto o PMDB trava uma discussão interna para escolher o candidato a prefeito de Curitiba, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PMDB), fez ontem uma previsão nada otimista do desempenho do candidato que será apoiado pelo governador Roberto Requião. Stephanes declarou que o PMDB não tem estrutura e organização para enfrentar a eleição municipal e que o prefeito Beto Richa (PSDB) é um candidato “imbatível”.

Para o ministro, um prefeito tem que ser “ muito ruim” para não conseguir se reeleger e é difícil derrubar um candidato à reeleição. “Ainda mais no caso do Beto (Richa), que tem simpatia, é popular, tem um bom trabalho em Curitiba, estrutura, máquina, tem tudo”, disse Stephanes.

Nem o fato de ser pai de um dos pré-candidatos a prefeito do PMDB, o deputado estadual Reinhold Stephanes Junior, impediu o ministro de falar o que pensa. Ele sinalizou que não concorda inclusive com a iniciativa do filho em buscar a indicação para concorrer à prefeitura. “Ele tem como objetivo a vida pública, mas tem que ver se é o momento certo”, disse.

Além do filho do ministro, são pré-candidatos pelo partido o ex-prefeito Rafael Greca, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, e os deputados federais Rodrigo Rocha Loures e Marcelo Almeida.

Os nomes são considerados “bons” por Reinhold Stephanes. Greca e Moreira, segundo ele, “têm discurso e história”, Marcelo Almeida “estuda muito” e Rocha Loures “faz um excelente trabalho”. “Mas isso não é suficiente para ganhar a eleição em Curitiba”, analisa.

Apesar de o governador ser apontado por lideranças do PMDB como o principal cabo eleitoral na eleição municipal, Stephanes disse ter dúvidas sobre o peso político de Requião para alavancar o nome de seu candidato. “Na eleição municipal, o que está em jogo são as obras municipais”, afirmou.

O presidente municipal do partido, Doático Santos, classificou as declarações de Stephanes como um discurso de peemdedebista desanimado. Para o dirigente, não existe eleição decidida e o candidato do PMDB tem reais chances de vitória. “Não será a elite curitibana que vai decretar o Beto reeleito por antecipação, ele vai ter que passar pelo crivo da eleição”, disse.

Além disso, Doático Santos está convencido de que o governador vai ser o grande puxador de votos nessa campanha. “Podem menosprezá-lo a vontade, mas tenho certeza de que o Requião influencia de forma decisiva o processo eleitoral”, afirmou.



Texto do blog de Marcus Vinícius.

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