Durante a campanha eleitoral de 2002, um caminhão carregado de jornais impressos em Cascavel foi apreendido em Irati pela Polícia Rodoviária. Era propaganda do então candidato Roberto Requião ao governo do Estado. Uma das muitas encomendas de impressos feitos pelo jornal Gazeta do Paraná, em Cascavel. Ao final da campanha, o jornal contabilizou um total de R$ 1 milhão de doação à campanha de Requião que correspondiam aos impressos feitos para Requião.
O jornal contabilizou a doação, segundo todas as exigências legais. Acontece que essa doação de R$ 1 milhão não aparece na contabilidade oficial da campanha de Requião e nas prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral.
Interessante é saber que essa situação gerou um inquérito policial, que se transformou em processo na Justiça Eleitoral e, embora tenha todas as provas do crime, foi ignorado e as contas da campanha de Requião aprovadas. Cabe a pergunta: a Justiça eleitoral mandou investigar, o crime foi confirmado e assim mesmo aprovou as contas? O Ministério Público está interessado em saber como operou-se o milagre da aprovação das contas.
Texto do blog de Fábio Campana.
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