O deputado Caíto Quintana (PMDB) é um dos mais indignados com o diagnóstico do governo Richa sobre o estado que encontrou o governo do Paraná depois de oito anos de Requião e Pessuti.
Só parte dessa indignação decorre de solidariedade para com o ex-governador, que o demitiu em abril de 2006 e o substituiu por Rafael Iatauro. Caíto também procura se preservar porque, como chefe da Casa Civil do penúltimo governo Requião, foi um dos maestros do caos e do fracasso daquela gestão.
Cabia a Caíto dar suporte para iniciativas fracassadas de Requião como baixar o pedágio (não baixou nem acabou) e loucuras como aquela de proibir o plantio e a exportação de soja transgênica no Paraná, contrariando legislação federal (outro fracasso que provocou, entre outros prejuízos, um esvaziamento e perda da importância de Paranaguá como porto graneleiro).
Para escapar das consequências desse passado nebuloso, Caíto lança mão da retórica de causídico da progressista Planalto. Argumenta, por exemplo, que o passivo trabalhista levantado pelo diagnóstico de Richa incluiria ações que remontam a governos anteriores a Requião.
Diante de um quadro desastroso, de um rombo constatado de R$ 4,5 bilhões, esse argumento não é nada, não é nada mesmo.
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