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22 agosto 2011

Com as denúncias na Câmara Municipal, colocam em risco o projeto de reeleição do prefeito Cara de Paisagem


A crise que atingiu a Câmara Municipal, com as denúncias de irregularidades envolvendo contratos da Casa já ameaça provocar estragos também no projeto de reeleição do atual prefeito Luciano Ducci (PSB) para 2012. Pela primeira vez, Ducci enfrenta uma oposição articulada no Legislativo. Além disso, com as suspeitas levantadas contra um de seus principais aliados, o presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), o prefeito agora enfrenta além disso problemas para definir seu candidato a vice para as eleições do ano que vem.

A situação é motivada pelo fato de Derosso, que depois do governador Beto Richa (PSDB), é o principal cacique tucano na Capital, vinha sendo cotado como o nome mais forte para completar a chapa de Ducci. Tanto que o vereador foi um dos maiores responsáveis pela saída do ex-deputado federal Gustavo Fruet do PSDB – maior rival do prefeito na disputa.

No final de 2010, logo após a eleição de Richa para o governo, Fruet manifestou ao governador a intenção de candidatar-se à prefeitura da Capital. Para isso, pediu que lhe fosse confiado o comando do diretório municipal tucano de Curitiba, presidido por Derosso. O vereador, porém, já pensando na aliança com Ducci e na indicação de vice, vetou Fruet, que diante da falta de apoio do comando tucano, acabou deixando o partido em busca de outra legenda para concorrer.

Coincidentemente, logo em seguida começaram a surgir as primeiras denúncias contra o presidente da Câmara, inicialmente a partir de uma investigação do Tribunal de Contas sobre os contratos de publicidade da Casa. O próprio Derosso atribuiu as acusações justamente à sua cotação para vice de Ducci para a próxima eleição.

Ao mesmo tempo o prefeito, que até então aparecia constantemente ao lado do vereador em eventos públicos, passou a evitar a companhia do antigo aliado, no que foi interpretado por interlocutores próximos a Derosso como uma tentativa de abandoná-lo à própria sorte. Além disso, setors da Câmara que até então estavam alinhados automaticamente ao projeto do prefeito, passaram a ver em Fruet e na crise envolvendo o Legislativo, uma alternativa de poder fora do atual grupo que comanda o município.

por Ivan Santos, via Bem Paraná

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