O ex-governador Orlando Pessuti voltou a criticar ontem a adesão da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa à base do governo Beto Richa. Ele rechaçou as declarações do deputado Nereu Moura, que afirmou que Pessuti falava em interesse próprio por estar “empregado no governo federal”, em compensação à aliança com o PT nas últimas eleições. “O fato de ocupar uma função Federal não significa que perco meu direito de expressão e de defesa do meu partido”, reagiu o ex-governador, nomeado para conselheiro do BNDES. Pessuti mantém a posição de que qualquer decisão sobre o governo tem que passar pelo diretório estadual do PMDB. “É no mínimo uma incoerência apoiar e dar sustentação a um governo do qual discordamos e fomos adversários em um passado tão recente e mais ainda, que tem nos criticado e desqualificado a gestão peemedebista dos últimos oito anos, que contou com a participação dos próprios parlamentares. Não é uma posição somente minha” disse.
O líder do PMDB na Assembleia, deputado Caito Quintana, rebateu as afirmações de Pessuti. Disse que ele não consultou o partido para indicar o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) para vice na chapa do então candidato ao governo, ex-senador Osmar Dias (PDT) em 2010, nem o suplente da senadora Gleisi Hoffmann, Sérgio Souza (PMDB). Quintana alegou ainda que não se trata de uma adesão à base do governo, mas de uma aproximação para que os deputados possam influir nos projetos do Executivo.
Texto do blog Política em debate.
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