Há um ano dois auditores do Tribunal de Contas da União constataram uma série de irregularidades praticadas por uma ONG do Paraná e até agora nada aconteceu. Em um relatório de 60 páginas o IABRAS – Instituto de Desenvolvimento da Organização Nacional de Excelência Administrativa, entidade sem fins lucrativos, criada em 2005, é acusado de apresentar projetos ao Ministério do Turismo e também ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sem
possuir capacidade técnica, administrativa e financeira para executar o trabalho. Os projetos apresentados a partir de 2008 tratavam da realização de festas nos municípios do Paraná. Com esses projetos o Instituto conseguiu dos cofres do governo federal nada menos que R$ 2.444.650,00 (dois milhões, quatrocentos e quarenta e quatro mil, seiscentos e cinqüenta mil reais).
Para isso acontecer será necessário criar um convênio com o ministério para a liberação de verbas. Como o IABRAS não tinha estrutura alguma para a execução dos projetos contratava empresas para terceirizadas. O relatório cita que “embora o plano de trabalho previsse diversos serviços a serem prestados a cotação prévia realizada pelo IABRAS estabelecia o fornecimento dos serviços por uma única empresa na forma de pacote fechado. Sendo assim, a CWB, foi contratada para a execução da totalidade dos serviços, atuando o IABRAS como mero repassador de recursos”. A CWB BRASIL é uma grande empresa de eventos que pertence ao irmão do deputado estadual Ney Leprevost, citado no relatório do TCU.
Texto do blog de Joice Hasselmann.
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