Luiz Claudio Oliveira/Gazeta do Povo
Há 12 anos, o proprietário do Beto Batata, Robert Amorim, presta serviços gastronômicos e culturais a Curitiba. Ele ganha dinheiro vendendo batatas fatiadas e recheadas, que ele mesmo desenvolveu. Ele gasta dinheiro promovendo a cultura. Sim, Amorim poderia ser um homem mais rico e menos feliz se não se interessasse por cultura e por Curitiba.
Ele já patrocinou, promoveu, colaborou, apoiou, produziu, dirigiu, criou, montou e se envolveu com centenas – talvez mais de mil – projetos culturais em Curitiba. Dentro e fora de seu estabelecimento comercial. Na maioria das vezes, perdendo dinheiro. Ele trata a cultura como um presente que pode dar a Curitiba por tê-lo recebido e sustentado nesses anos todos. E tem bom gosto.
Artes plásticas, artes gráficas, fotografia, livros, teatro e música, muita música sempre estiveram presentes no Beto Batata. O local também já participou de promoções da Prefeitura de Curitiba. Integrou-se, de forma oficial ou extra-oficial, das programações de várias edições da Oficina de Música, da primeira Virada Cultural e do Festival de Curitiba (teatro), entre outros.
É um espaço de referência cultural na cidade. Artistas vindos de fora quase sempre dão uma passada por lá. Principalmente os ligados à música instrumental, ao jazz ou ao choro. É também um local de iniciação. Mantém projetos que propiciam a formação cultural de crianças e adultos.
Um espaço desses deveria ser bem tratado pelo poder público que dá valor à Cultura. Não é o que acontece. As pessoas que gostam de participar da vida cultural de Curitiba deveriam ser gratas a um espaço como o Beto Batata. Tomara que isso continue acontecendo.
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