O julgamento de Beatriz Abagge, 47 anos, acusada pela morte do garoto Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, em 1992, vai terminar apenas neste sábado (28). Até as 20h30 de sexta-feira (27), já tinham sido ouvidas todas as testemunhas, sendo três de acusação, e três de defesa. Foram ouvidos também os delegados Adauto de Oliveira e Luiz Carlos de Oliveira. Depois, foi iniciada a leitura de peças, entre laudos e provas existentes no caso, citadas como irrepetíveis. Quando a leitura for finalizada, a acusada seria ouvida. Mas o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar decidiu suspender a sessão e retomar os trabalhos no sábado, a partir das 8h30.
Falta a ré Beatriz Abagge ser ouvida. Nesse período, ficarão no plenário apenas as partes envolvidas no caso — o Ministério Público do Paraná, advogados de defesa, o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, e o júri, composto por três homens e quatro mulheres. Depois do depoimento de Beatriz, haverá o debate oral entre defesa e acusação — que pode durar entre cinco e sete horas, uma vez que estão previstas réplicas e tréplicas. Por isso houve a suspensão do julgamento — apesar da intenção da promotoria de terminar tudo ainda nesta noite.
Julgamento
No lado da defesa, uma testemunha disse que as acusdas não estavam na cidade no dia do crime. Outra testemunha, que havia afirmado em ocasião anterior que Celina e Beatriz tinham assumiido o crime em depoimento, afirmou que não lembrava de vários detalhes. O perito criminal Arthur Drischel disse que o cadáver encontrado tinha 1,19m, altura incompatível com um menino de 6 anos, como Evandro, e descartou que o corpo fosse o do menino. O perito afirmou ainda que as lesões encontradas no corpo não foram feitas por um facão, instrumento que, segundo os outros acusados do crime, teria sido usado para mutilar o menino.
Por outro lado, a odontolegista Beatriz Sotille França afirmou que tem 99% de certeza de que o corpo era de Evandro, com base na arcada dentária.
Segundo o delegado Luiz Carlos de Oliveira, quem teria matado o menino foi Diógenes Caetano, ex-policial. E disse que existiu uma armação entre Diógenes, a Polícia Militar, Ministério Público e o Judiciário contra os acusados pelo crime.
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