A deputada federal Rosane Ferreira (PV-PR) esteve hoje na região central de São Paulo conhecida como ‘cracolândia’, e pode verificar, in loco, a devastação que o crack provoca. “São centenas de pessoas, inclusive crianças, vagando como zumbis, num terrível vai e vem como se fosse o fim do mundo. É o inferno”, exclamou. Quando a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, ameniza o caráter epidêmico do crack, Rosane rebate: “Ela está enganada. É só olhar os números e ver as taxas de homicídios entre jovens. Todos temos informações e consciência de que é uma questão gravíssima, que está incontrolável e que afeta todas as classes sociais”.
De acordo com Rosane, 98% das cidades brasileiras enfrentam o problema do crack, que é droga com maior poder de destruição. “Os números são alarmantes e demonstram que é preciso propor políticas públicas que passam pela assistência à Saúde, com recursos e melhor aparelhamento no tratamento e recuperação dos usuários, e pela repressão policial, especialmente nas fronteiras para conter o tráfico”, enfatizou. Para a deputada, o crack está dizimando os jovens brasileiros e qualquer política que queira ser eficiente para enfrentar o problema tem que levar em consideração essa população e focar na Educação. “É com ações na escola e junto à família, com programas de conscientização para os perigos das drogas, que vamos enfrentar a epidemia do crack”, afirmou.
Junto com outros deputados integrantes da Comissão Especial de Combate às drogas da Câmara Federal, Rosane esteve na sede do Denarc – Departamento de Investigações sobre Narcóticos de São Paulo. Segundo o órgão, só na capital paulista existem mais de 15 mil moradores de rua, dos quais 85% são dependentes da droga. Após dois meses de trabalho na comissão ouvindo especialistas, técnicos e representantes de entidades que trabalham na recuperação dos usuários de substâncias psicoativas, os parlamentares agora cumprem um cronograma de visitas em várias regiões do país. Primeiro, foi uma das muitas ‘cracolândias’ de São Paulo. Na sequência, devem conhecer experiências positivas de tratamento e recuperação. Cabe à comissão elaborar e aprovar propostas de enfrentamento e fiscalizar a sua implementação.
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