Três vereadores da base do prefeito Luciano Ducci (PSB) voltaram atrás e retiraram as assinaturas de apoio à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria as denúncias envolvendo a Consilux e os radares de Curitiba. Professor Galdino (PSDB), Denilson Pires (DEM), e Jair Cézar (PSDB) haviam assinado o pedido na semana passada. Não se sabe o motivo que os fez mudarem de ideia tão rapidamente, afinal, não houve qualquer fato novo no caso, e as suspeitas sobre a confiabilidade do sistema persistem desde 13 de março, quando o Fantástico levou ao ar gravações em que o então diretor da Consilux, Heterley Richter Júnior, afimava que a empresa pagava propina para obter contratos de operação de radares, e que também já teriam sido apagadas multas de políticos, poderosos e apadrinhados.
Não por acaso, passado mais de um mês das denúncias terem vido à tona, os vereadores curitibanos sequer se interessaram em convocar Heterley – principal pivô do episódio – para depor. Limitaram-se a aceitar as garantias da Urbs de que não há qualquer problema no sistema. Desde 2001, a Câmara Municipal de Curitiba não instala uma CPI, demonstrado total descaso para com um dos principais papéis dos vereadores, que é fiscalizar o poder público.
Com a desistência, o requerimento passa a ter oito das 13 assinaturas necessárias para a instalação da CPI. O pedido chegou a ter onze assinaturas, faltando apnas duas para a abertura da investigação.
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